quarta-feira, 1 de junho de 2011

Técnicas de treinamento para a educação da emoção: a educação participativa (Augusto Jorge Cury)

Os professores são poetas da vida. A esperança do mundo está sobre os ombros da educação. Entretanto, a mais nobre das profissões tem se tornado uma usina de estresse. Por isso, a educação moderna tem de levar em alta conta o treinamento da emoção.
Gostaria de propor algumas técnicas para enriquecer esse treinamento e fazer com que os professores transmitam o conhecimento com mais prazer, com menos consumo de energia e com mais eficiência. Os princípios dessas técnicas podem ser recursos humanos seguidos por qualquer pessoa que queira educar a sua emoção e a dos outros. Vejamos.
Primeira: Educação participativa

• Os professores devem promover a educação participativa. Os alunos devem ser estimulados de todas as maneiras a deixar de ser espectadores passivos, que se sentam em sua carteira e ouvem inertes a transmissão do conhecimento. Esse tipo de passividade esmaga a criatividade, a liberdade e o espírito empreendedor.

• Os alunos têm de participar, de perguntar, de duvidar, de questionar, de propor ideias. Eles têm de participar da vida da escola, propor mudanças, atuar em campanhas de prevenção do uso de drogas e de Aids. Somente participando da vida da escola, eles se comprometerão com ela.

• Como é possível transformar os alunos em agentes que atuam na educação? Em primeiro lugar, eles não deveriam ser enfileirados na sala de aula, mas se sentar em forma de ferradura, ou “u”. Todos devem estar voltados uns para os outros e para o professor. O enfileiramento dos alunos parece inofensivo, mas é pernicioso e lesivo, pois cria hierarquia, produz distrações, fomenta a inércia do pensamento, obstrui a emoção. A educação clássica tem sido uma fábrica de pessoas passivas.

• É um risco ouvir excessivamente e falar muito pouco. Como eles têm a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA) e sentem a necessidade de expressar o pensamento, canalizarão sua energia para conversas paralelas. Já que muitos alunos são inquietos, tensos, ansiosos, temos de canalizar essa ansiedade para a produtividade, para a participação. Caso contrário, a sala de aula será sempre um barril de tensão, um ambiente desagradável, chato, tedioso para eles.
• Aluno excelente não é aquele que tira notas excepcionais, mas aquele que aprende a pensar e que educa sua emoção para respeitar seus pares, para ser solidário, para emitir opiniões, para refletir sobre as ideias recebidas.

• Os pais e professores devem estimular os jovens a participarem, a falarem o que pensam e sentem. A cultura da escola cultiva a timidez, mesmo alunos ansiosos podem ser tímidos. Quem é tímido pensa muito e fala pouco, vive reprimido. Na vida adulta, eles se tornam ótimos para os outros e péssimos para si mesmos. Costumam ser gentis e tolerantes com as pessoas, mas são exigentes e rígidos consigo mesmos.

• Os alunos só podem se comprometer com a escola se ela propiciar uma educação participativa que estimula o treinamento da emoção. Os professores têm de usar sua criatividade para fazer isso. Podem ser usadas as lições para estimular o trabalho em equipe que comentei anteriormente.

• Sem a educação da emoção e a educação participativa, não há como desenvolver as inteligências múltiplas, a inteligência emocional nem a inteligência multifocal. Ouviremos milhares de conferências sem colocarmos nada em prática. Todas as informações se dissiparão na segunda-feira.

Segunda: Exposição dialogada

• Em segundo lugar, a educação da emoção passa pela técnica da exposição dialogada. Os professores devem ser seguros, olhar nos olhos dos alunos e ser capazes de provocar a capacidade de pensar estimulando a arte da pergunta. A arte de perguntar gera a arte da dúvida, e a arte da dúvida estimula a arte de pensar. Quem pergunta pouco duvida pouco, pensa pouco e represa muito sua emoção.

• Se hoje você tem dificuldade de falar dos seus sentimentos e falta coragem de perguntar e questionar as pessoas que o rodeiam, é porque no passado você não teve liberdade de extravasar suas dúvidas e seus conflitos aos seus professores e aos seus pais. A criatividade e a liberdade são cultivadas no solo da pergunta.

• Os pais e professores deveriam estimular seus filhos e alunos a serem perguntadores. Lembre-se de que na infância fomos ótimos perguntadores, mas o tempo passou, a sociedade nos sufocou e fomos silenciados.

• Muitos têm medo de falar em público, outros suam frio ao levantar as mãos para fazer uma pergunta numa reunião. Foram treinados desde crianças para ficar quietos, e não para perguntar e participar. Nada é tão pernicioso quanto a cultura das provas. Os alunos aprendem a dar respostas nas provas, mas não aprendem a dar respostas na vida.

• Conheci muitos jovens que sofreram abuso sexual na infância e nunca tiveram coragem de falar para seus pais ou professores. Viveram o topo da angústia, mas, infelizmente, silenciaram. Se os alunos não têm coragem de fazer uma simples pergunta em sala de aula, como vamos esperar que eles falem dos seus conflitos mais importantes? Devemos treinar nossas crianças a falarem e a expressarem suas ideias desde a mais tenra infância.
• Um excelente cientista, executivo ou profissional liberal é alguém que aprendeu a perguntar mais do que a responder, a questionar mais do que a se satisfazer com informações prontas. A arte da pergunta promove a educação da emoção.

• Um bom mestre ensina a seus alunos o conhecimento; um excelente mestre treina a emoção deles para perguntar, duvidar e ter consciência crítica. Na vida e na ciência, o tamanho da pergunta determina a dimensão da resposta. Um bom mestre prepara os alunos para passarem em concursos, um excelente mestre os prepara para serem pensadores na sinuosa escola da vida.

Terceira: Contador de histórias

   • Os professores devem ser excelentes contadores de histórias. Devem estimular a emoção dos alunos enquanto transmitem o conhecimento. Platão preconizava que o conhecimento deveria ser transmitido com deleite. Contudo, não há deleite no conhecimento se ele não for oferecido com cores e sabores da emoção.

• Contar histórias é uma excepcional forma de dar sabor ao conhecimento. As informações transmitidas com emoção, aventura ou prazer são registradas de maneira privilegiada na memória pelo fenômeno RAM. Tente se lembrar das informações mais importantes da sua vida. Se tentar, perceberá que resgatará as experiências que foram carregadas de emoções.

• A transmissão do conhecimento com voz multissonante, segura e teatralizada abre espaço na mente dos alunos que estão com o pensamento acelerado. Facilita o registro e o aprendizado. Muitos professores precisam repensar sua postura em sala de aula e seu papel como educador.

• Pais e professores deveriam tirar o gesso da emoção. Educar deveria ser a mais séria brincadeira da sociedade. Se você quer ser um excelente educador em qualquer área profissional, nunca se esqueça de ser um contador de história. Aprenda a ser inventivo, liberte sua imaginação, aprenda a rir de você, aprenda a rir de sua seriedade.

• O mundo precisa tanto da gravata como do palhaço, da seriedade e do sorriso. Aprenderemos que o maior educador desta terra foi o maior contador de história.

Quarta: Reconstruir o rosto do conhecimento
• Todas as vezes que os professores fossem transmitir uma nova matéria, deveriam reconstruir o rosto do conhecimento. O que significa isso? Significa contar a história sintética dos cientistas que produziram o conhecimento transmitido. Significa ainda reconstruir o clima emocional que eles viveram enquanto os produziram, significa relatar a ansiedade, os erros, as dificuldades e as discriminações que sofreram.

• O conhecimento sem rosto não educa a emoção nem estimula a arte de pensar. Por isso, sou crítico dos materiais didáticos que frequentemente observo. Nada prejudica mais o desenvolvimento da inteligência dos alunos do que transmitir o conhecimento pronto, frio, sem rosto, sem história, sem vida. Os alunos não amam o conhecimento porque ele é transmitido sem tempero, sem emoção.

• Os alunos serão sempre reprodutores do conhecimento e não-pensadores se não compreenderem que o conhecimento exposto nas aulas e contido nos livros foi produzido com arte, aventura, paixão.

• Os professores devem ser capazes de levar os alunos para dentro da experiência da produção de conhecimento, devem provocar neles o espírito empreendedor, aventureiro, crítico. Reconstruir o rosto do conhecimento estimula a paixão pelo mundo das ideias, refina a educação da emoção.

Quinta: Elogiar e resgatar a auto-estima dos alunos


• Um grande mestre é um grande promotor da autoestima dos alunos, um mestre do elogio. Ele elogia todos os alunos, mesmo aqueles que dão muito trabalho. Não existem alunos problemáticos, existem alunos que estão passando por problemas. Não existem alunos agressivos, existem alunos com conflitos.

• Encoraje a participação ostensiva dos alunos em sala de aula e valorize cada ideia que eles expressarem. Conte histórias para educar a emoção deles a resgatar o sentido da vida como as que estou contando sobre a grande corrida da vida. Diga-lhes que eles venceram o maior concurso da história, foram os mais corajosos do mundo, passaram por todos os riscos para atingir o pódio da vida.

• Um dos maiores segredos da educação da emoção é elogiar criticando. Elogie algumas características de uma pessoa e só depois a critique. O elogio estimula a emoção, que abre as janelas da memória e estimula a reflexão sobre a crítica. Criticar sem valorizar a pessoa que está sendo criticada trava a sua inteligência. A crítica “seca e agressiva” fere a emoção, que fecha as janelas da memória e bloqueia a capacidade de pensar.

• Os alunos precisam ter uma autoestima sólida. Elogie os alunos tímidos. Elogie os alunos obesos, discriminados, hiperativos, difíceis, agressivos. Elogie os alunos que são zombados, diminuídos e os que possuem apelidos pejorativos. Saiba que as mais drásticas discriminações começam nas brincadeiras das escolas.

• Se eu pudesse, iria de escola em escola em várias partes do mundo treinando os professores para compreender que, no espaço escolar, são desencadeados grandes conflitos emocionais. As brincadeiras ingênuas e os apelidos pejorativos produzem grandes discriminações e conflitos.

• Nunca permita que um aluno chame o outro de “baleia”, “elefante” ou coisas desse tipo por ele ser obeso. Nunca deixe de falar que a diferença entre um negro e um branco só existe na fina camada da cor da pele, ambos possuem o mesmo espetáculo da produção de pensamentos. Não se esqueça de que tudo o que está registrado na memória não pode ser mais apagado. Não é possível deletar a memória, apenas re-escrevê-la. Por isso, é muito mais difícil o tratamento psicológico do que a prevenção.

• Os pais precisam elogiar seus filhos muito mais do que criticá-los. Toquem-nos, abracem-nos, apertem suas mãos. O toque mágico. Os professores precisam usar o elogio como uma das maiores ferramentas educacionais. Somos especialistas em apontar defeitos e tardios em fazer elogios. Faça um teste, elogie diariamente e com criatividade as pessoas e os alunos mais agressivos durante dois meses. Você se surpreenderá com o que irá acontecer. Os elogios curam as feridas da alma e aquietam a ansiedade.

• Os jovens estão vivendo uma grande crise existencial. São vítimas de um mundo alucinante, veloz, ansioso, que nós criamos. Eles têm acesso ao mundo de prazer propiciado pela poderosa indústria de entretenimento, mas têm sido tristes, solitários, irritadiços. Se fosse possível comparar as ondas cerebrais dos alunos de há um século com os da atualidade, confirmaríamos a mudança no ritmo cerebral deles. A velocidade de produção dos pensamentos hiperacelerou-se na maioria dos jovens e adultos.

• A SPA, associada à paranoia do consumo, da estética e da competitividade profissional, tem roubado o encanto pela vida. Eles precisam treinar a emoção para abrandar o mundo das ideias e ser mais contemplativos. Desse modo, poderão valorizar as coisas simples e singelas, como o diálogo, a leitura, um passeio ecológico, uma caminhada para dentro do seu ser.

Sexta: Cruzar o mundo dos professores com o dos alunos
   • Fico impressionado em detectar três mundos na educação clássica: o mundo dos alunos, o mundo dos professores e o mundo da instituição escolar. Não é possível educar a emoção se os mundos não se difundirem.

• Os professores devem cruzar suas histórias com as dos alunos. Eles não devem ter medo de falar de si, de suas experiências, de suas dificuldades, de suas metas, de seus sonhos, bem como de deixar os alunos falarem sobre suas histórias de vida.

• Seria muito bom se os professores contassem suas experiências reais de vida quando transmitissem temas transversais, tais como educação para a paz, educação para o consumo, educação da emoção, gerenciamento dos pensamentos.
• Lembro-me de uma história infeliz contada por uma coordenadora pedagógica. Após ouvir-me falar em uma palestra sobre a necessidade do diálogo emocional entre os professores e alunos, ela levantou-se e disse muito emocionada a todos os ouvintes que uma aluna a havia procurado recentemente para conversar. Ela era querida pelos alunos, mas naquele dia estava ocupada e pediu para que a conversa fosse adiada para outro dia. Não deu tempo, a jovem tirou sua vida. Ela estava atravessando uma crise depressiva e ninguém sabia, nem seus pais. Quando ela quis se abrir com a professora, ela não teve tempo de ouvi-la. Nunca alguns minutos foram tão preciosos na vida de um ser humano. (Desculpe-me se comento a dor num texto sobre a felicidade, mas não quero propor um jardim sem falar dos espinhos. Os jovens têm muita energia, mas estão muito despreparados para lidar com a dor. Qualquer angústia os perturba muito. Mas não há conflitos que eles ou qualquer pessoa não possam superar. Eles precisam encontrar alguém que tenha tempo para ouvi-los, alguém que não os critique, que os compreenda, que os estimule a superar sua dor.)

• Não há dor que dure muito tempo. O medo da dor coloca combustível na emoção e debela as chamas da autoestima

Sétima: Ensinar técnicas do treinamento da emoção e gerenciamento do pensamento
• Os alunos precisam aprender a gerenciar seus pensamentos e a dar uma direção lúcida às suas emoções. Caso contrário, o medo, as ofensas, as frustrações os derrotarão. Eles nunca deveriam ser escravos de suas ideias fixas de conteúdo negativo. Deveriam treinar ser fortes dentro de si mesmos.

• Deveriam aprender a atuar no mundo dos pensamentos e a romper o cárcere da emoção. Não deveriam fazer de uma pequena rejeição um monstro nem de necessidades não atendidas um canteiro de infidelidade. Assim como diariamente tomam banho e se alimentam, deveriam fazer uma higiene em seu mundo psíquico e alimentá-lo com sonhos e projetos saudáveis.

• Professores, não se preocupem em dar 100% das matérias que lhes foram incumbidas: essa educação está errada e falida. Numa educação participativa, que valoriza o treinamento da emoção, devemos dar mais atenção à qualidade das informações do que à quantidade.

• Ache tempo para falar com seus alunos sobre a vida deles. Muitos conflitos podem ser evitados ou superados com facilidade. Diversas crises entre jovens americanos que saem atirando em seus colegas e outras violências na escola poderiam ser evitadas se professores e alunos aprendessem a linguagem da emoção.

• A educação da emoção não pode florescer se professores e alunos dividirem o mesmo espaço físico e respirarem o mesmo ar, mas não cruzarem suas histórias, não falarem das suas emoções.

• Qualquer escola que seguir esses princípios da educação da emoção poderá sofrer uma revolução. Os professores precisam ser sistematicamente treinados para incorporá-los. A escola que educa a emoção faz fogueira com sementes, e não com madeira seca. O mestre da vida preferia sempre as sementes.

• Do mesmo modo, os pais nunca treinarão a emoção dos seus filhos se eles gastarem horas e horas ouvindo os personagens da TV, mas não tiverem tempo para gastar minutos cruzando seus mundos.

• Um recado aos pais e filhos: desliguem a TV uma vez por semana ou uma semana completa uma vez por mês. Façam coisas prazerosas, divertidas, sonhem juntos, brinquem juntos, elogiem-se mutuamente, treinem ser apaixonados uns pelos outros. O amor é o único remédio que não tem efeito colateral, mas é a flor que mais rapidamente seca sob o calor das tensões.

CURY, Augusto Jorge. Treinando a Emoção para Ser Feliz. São Paulo: Academia de inteligência, 2001.

sábado, 28 de maio de 2011

subsídio para a lição 9 - A Pureza do Movimento Pentecostal



Sugestão: Eu fiz uma linha do tempo com as fotos dos líderes do movimento (click em cima da foto para vê-la ampliada)
Relação dos principais avivamentos da história da Igreja:
1.    Líder: Montano (séc.II)
 Movimento decorrente do avivamento: (os montanistas)
Local e Época: Frigia (atualmente Turquia) – por volta de 170
Características: Diziam-se possuídos pelo Espírito Santo e manifestavam os dons espirituais, em especial o de profecia. Lutavam contra a paralisia e o intelectualismo das igrejas organizadas de sua época. Foi dado a extremismos.

2.    Líder: Pedro Valdo (?-1217) 
Movimento decorrente do avivamento: (os valdenses)
Local e Época: França – a partir de 1173
Características: Adotaram a Bíblia como única regra de fé e prática, aceitaram apenas o batismo e a ceia do Senhor. Há registro de que alguns falaram em línguas estranhas. Surgimento da Igreja Valdense, que existe até hoje.

3.    Líder: John Wycliffe (1329-1384) 
Movimento decorrente do avivamento: (os lolardos)
Local e Época: Inglaterra – a partir de 1378
Características: Criticaram a autoridade papal e adotaram a Bíblia como única regra de fé e prática. Formaram pregadores leigos que passaram a explicar as Escrituras ao povo, Escrituras traduzidas para o inglês. O movimento difundiu-se pela Europa, em especial, na Boêmia, onde foi alcançado Jan Hus.

4.    Líder: Jan Huss
Movimento decorrente do avivamento: (os taboritas), que deram origem à Igreja Moraviana
Local e Época: Boêmia (atualmente República Tcheca) – a partir de 1403
Características: Condenaram o papado e a venda de indulgências. Defenderam que a Bíblia é a única regra de fé e prática. Surgimento da Igreja Moraviana, reconhecida por seu ímpeto missionário na Europa (inclusive será um pregador morávio que promoverá a conversão de John Wesley)

5.    Líder: Martinho Lutero (1483-1546)
Movimento decorrente do avivamento: (os luteranos)
Local e Época: Alemanha – a partir de 1517
Características: Defenderam a justificação somente pela fé em Cristo, adotaram a Bíblia como única regra de fé e prática.

6.    Líder: João Calvino (1509-1564)
Movimento decorrente do avivamento: (os calvinistas ou presbiterianos)
Local e Época: Suíça – a partir de 1536
Características: Defenderam a justificação pela fé em Cristo, adotaram a Bíblia como única regra de fé e prática, bem como a doutrina da predestinação.

7.    Líder: Thomas Cartwright (1535-1603)
Movimento decorrente do avivamento: (os puritanos)
Local e Época: Inglaterra – a partir de 1571
Características: Criticaram a organização eclesiástica da Igreja Anglicana, considerando-a fora da igreja primitiva. Sistematizaram a doutrina calvinista na Inglaterra e reforçaram a idéia da Bíblia como única regra de fé e prática, exigindo santidade como característica do cristão (uma igreja “pura”).

8.    Líder: Robert Browne (1550-1633)
Movimento decorrente do avivamento: (os brownistas, precursores dos congregacionalistas)
Local e Época: Inglaterra Inglaterra – a partir de 1580
Características: Criticaram o controle da igreja por parte do Estado e defenderam a auto-organização das igrejas locais pelos crentes fiéis, com eliminação de bispos e sacerdotes ordenados.

9.    Líder: George Fox (1624-1691)
Movimento decorrente do avivamento: (os “quackers”)
Local e Época: Inglaterra Inglaterra – a partir de 1644
Características: Defenderam a Bíblia como única regra de fé e prática, bem como a simplicidade e o abandono do luxo como exigíveis na vida cristã. Também foram contrários à necessidade de formação intelectual para a separação ao ministério, que é resultado da chamada do Espírito. Defenderam a atualidade dos dons espirituais, da cura divina e dos sinais e maravilhas dos tempos apostólicos.

10. Líder: Philip Jakob Spener (1635-1705)
e Nicolau Von Zinzendorf  (1700-1760
Movimento decorrente do avivamento: (os pietistas) (movimento decorrente do avivamento os morávios)
Local e Época: Alemanha – a partir de 1670
Características: A Igreja Moraviana, fundada pelos crentes que haviam adotado as ideias de Hus, vive um grande despertamento e inicia um grande ímpeto missionário, após o início de reuniões de oração, que passaram a ser uma “marca registrada” desta denominação por 100 anos. Há notícias de derramamento do Espírito Santo.

11. Líder: John Wesley (1703-1791)
Movimento decorrente do avivamento: (os metodistas)
Local e Época: Alemanha Inglaterra – a partir de 1738
Características: Evangelizado pelos morávios, Wesley passou a defender a necessidade de uma santificação pessoal para servir a Cristo, como também a necessidade de uma vida espiritual abundante, em que a fé fosse posta em prática.

12. Líder: Jonathan Edwards (1703-1758)
e George Whitefield (1714-1770)
Movimento decorrente do avivamento: (o “grande avivamento”)
Local e Época: Estados Unidos – a partir de 1734
Características: Defenderam a simplicidade da fé cristã, uma vida de santificação e de pureza, como também a existência de um avivamento contínuo na Igreja, de forma equilibrada e centrada na Palavra de Deus, que não se confundia com emocionalismo nem com a resposta humana à graça de Deus.

13. Líder: Charles Grandison Finney (1792-1875)
Movimento decorrente do avivamento: (o “segundo grande avivamento”)
Local e Época: Estados Unidos – a partir de 1821
Características: Converteu-se e foi imediatamente batizado com o Espírito Santo, cuja realidade fez parte de suas pregações. Grande pregador, ganhou multidões para Cristo, que permaneciam cerca de 85% fiéis ao Senhor.

14. Líder: Edward Irving (1792-1834)
Movimento decorrente do avivamento: (Igreja Católica Apostólica, que teria cura duração após a sua morte)
Local e Época: Escócia – a partir de 1822
Características: Pregador eloqüente pregava contra o materialismo vigente e a frieza espiritual. Sentindo a iminência da volta de Cristo, começou a clamar por um derramamento do Espírito Santo e houve manifestação de línguas estranhas e do dom de profecia.

15. Líder: Charles Haddon Spurgeon (1834-1892)
Local e Época: Inglaterra – a partir de 1851
Características: Considerado o “príncipe dos pregadores”, eram comuns a ocorrência de sinais e prodígios nas reuniões de sua igreja local.

16. Líder: Dwight Lyman Moody (1837-1899)
e Reuben Archer Torrey (1856-1928)
Local e Época: Estados Unidos – a partir de aproximadamente 1860
Características: Moody, evangelista sem igual, pregou a respeito da “segunda bênção”, uma bênção necessária ao crente após a conversão. Seu ministério evangelístico foi o maior de todos os Estados Unidos no século XIX. Torrey continuou seu trabalho, sendo um homem de oração que, a partir de 1901, passou a fazer cruzadas onde pedia um reavivamento mundial.

17. Líder: Phoebe Palmer(1807-1874)
, John Swanell Inskip(1816-1884)e Alfred Cookman(1828-1871)
Movimento decorrente do avivamento: (o “avivamento posterior à Guerra Civil”, de onde surgiu as Igrejas da Santidade)
 Local e Época: Estados Unidos – a partir de 1867
Características: Pregadores metodistas enfatizaram a existência de uma “segunda bênção”, posterior à conversão, que conferiria maior santificação aos crentes. Início das Igrejas da Santidade, onde congregariam Charles Fox Parham e William Joseph Seymour.

18. Líder: John Alexander Dowie (1848-1907)
Movimento decorrente do avivamento: (fundou a Igreja Católica Apostólica, nos Estados Unidos, em 1896).
Local e Época: Austrália – a partir de 1872
Características: Sua pregação enfatizava o relacionamento pessoal com Cristo e a cura divina. Despertou a atenção de Charles Fox Parham, que seria o professor de William Joseph Symour, o pioneiro do movimento pentecostal mundial.
            19. Líder: William Joseph Seymour (1870-1922).
Movimento decorrente do avivamento: Congregação Cristã no Brasil e Assembléias de Deus
Local e Época: Estados Unidos 1906
Características: Ênfase no "batismo com o Espírito Santo" evidenciado pelos dons do Espírito (glossolalia, curas milagrosas, profecias, interpretação de línguas e discernimento de espíritos).


MAIORES GRUPOS NO PAÍS: IGREJAS PENTECOSTAIS


Assembléia de Deus*
Fundação: 1910
História e doutrina: A maior igreja pentecostal brasileira surgiu em Belém (PA), sob a influência de dois missionários suecos vindos dos Estados Unidos, onde freqüentavam a Igreja Batista. Organizada nos moldes das igrejas pentecostais que surgiam então naquele país, a Assembléia de Deus acredita no poder supremo do Espírito Santo e prega com ênfase o Evangelho cristão. Nos cultos, fiéis oram e cantam em voz alta dentro dos templos.
Fiéis no Brasil: 8.500.000
Templos: Dados não disponíveis
Número médio de fiéis que freqüentam cada templo: Dados não disponíveis

* Este número diz respeito apenas à primeira Assembléia de Deus, surgida em Belém (PA) no início do século XX. Trata-se da denominação ligada à Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB), a quem pertence a patente do nome no país. Ao longo do século, outras Assembléias de Deus surgiram, a maioria sem qualquer ligação institucional com a CGADB.

Congregação Cristã no Brasil
Fundação:
 1910
História e doutrina: Fundada no Brasil por Luigi Francescon, um protestante italiano. No início, cresceu dentro da comunidade de imigrantes italianos do país, para, a partir da década de 1930, se expandir para o resto do Brasil. A exemplo da Assembléia de Deus, centra suas crenças nas virtudes do Espírito Santo, sem dar valor a outras figuras consagradas historicamente pelo cristianismo, como Maria ou os santos. Um de seus rituais mais conhecidos é o batismo de imersão em água corrente.
Fiéis no Brasil: 1.891.000
Templos: 4.700
Número médio de fiéis que freqüentam cada templo: 403
Igreja do Evangelho Quadrangular
Fundação: 
1918
História e doutrina: Nascida nos Estados Unidos, demorou quase 30 anos para chegar ao Brasil, pelas mão de dois missionários que se instalaram na cidade de Poços de Caldas, em Minas Gerais, e depois em São João da Boa Vista, em São Paulo. Enfatiza o dom da cura pelo Espírito Santo e a palavra de Deus contida na Bíblia, além de acreditar no retorno iminente de Jesus Cristo.
Fiéis no Brasil: 1.600.000
Templos: 7.500
Número médio de fiéis que freqüentam cada templo: 213
Igreja Pentecostal "O Brasil para Cristo"
Fundação:
 1955
História e doutrina: Fundada por um ex-trabalhador da construção civil, que chegou a ser pastor da Assembléia de Deus e da Evangelho Quadrangular antes de se autoproclamar missionário da própria igreja. Os cultos são marcados por orações espontâneas e pelo testemunho dos fiéis, que também podem pregar.
Fiéis no Brasil: 1.937.000
Templos: 4.600
Número médio de fiéis que freqüentam cada templo: 419
Igreja Pentecostal Deus é Amor
Fundação:
 1962
História e doutrina: Criada a partir de uma mensagem divina que seu fundador, o missionário David Miranda, teria recebido. Assemelha-se às pentecostais tradicionais no conservadorismo no campo dos costumes e nos rituais mais exaltados. Possui hoje o autodenominado "maior templo evangélico do mundo", com capacidade para 60.000 fiéis, no centro de São Paulo.
Fiéis no Brasil: 3.600.000
Templos: 4.300
Número médio de fiéis que freqüentam cada templo: 837

MAIORES GRUPOS NO PAÍS: IGREJAS NEOPENTECOSTAIS


Igreja Universal do Reino de Deus
Fundação:
 1977
História e doutrina: Principal igreja do fenômeno neopentecostal brasileiro, foi fundada pelo bispo Edir Macedo, nos subúrbios do Rio de Janeiro. Segue os preceitos gerais do cristianismo. Em seus cultos diários, estimula-se a doação do dízimo e é comum a prática do exorcismo. Aposta na mídia eletrônica para atrair fiéis – é dona da Rede Record de televisão, entre outras emissoras.
Fiéis no Brasil: 5.200.000
Templos: 13.000
Número médio de fiéis que freqüentam cada templo: 400
Igreja Internacional da Graça de Deus
Fundação:
 1980
História e doutrina: Dissidência direta da Igreja Universal, foi fundada no Rio por Romildo Ribeiro Soares, cunhado do bispo Edir Macedo. Suas pregações e rituais, repletos de curas e exorcismos, podem ser acompanhadas em diversas emissoras de televisão, que vendem seus horários para que a igreja arrebanhe seus fiéis.
Fiéis no Brasil: Dados não disponíveis
Templos: Dados não disponíveis
Número médio de fiéis que freqüentam cada templo: Dados não disponíveis
Igreja Apostólica Renascer em Cristo
Fundação:
 1986
História e doutrina: Uma das neopentecostais em que o incentivo à busca da prosperidade material é mais evidente, a Renascer foi fundada em São Paulo. Tendo como público alvo a classe média urbana, trouxe novidades para os cultos evangélicos, como o rock gospel e as festas jovens dentro dos templos. A exemplo de suas congêneres, se mantém à base de doações sistemáticas de seus fiéis.
Fiéis no Brasil: 120.000
Templos: 870
Número médio de fiéis que freqüentam cada templo: 138
Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra
Fundação:
 1992
História e doutrina: Surgida em Brasília, ganhou notoriedade depois de conquistar fiéis entre as celebridades e as classes mais abastadas do país. Apesar de seguir os preceitos básicos do cristianismo e de promover rituais de fé exaltados, é tolerante no que diz respeito a hábitos controversos e normas morais pouco rígidas.
Fiéis no Brasil: Dados não disponíveis
Templos: 650
Número médio de fiéis que freqüentam cada templo: Dados não disponíveis
Fonte: http://veja.abril.com.br


Este vídeo do saudoso David Wilkerson sobre as práticas neopentecostais é muito interessante!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Para a lição "A importância dos dons Espirituais", sugiro que faça 2 flores com 9 pétalas. Em uma, escreva um dom em cada pétala, e no miolo: "Dons espirituais". Na outra, escreva um fruto em cada pétala, e no miolo: Fruto do Espírito". Você deve trabalhar a idéia de que os dons devem estar entrelaçados com os frutos do espírito, portanto, apresente os dois temas e entrelaçe as duas flores, ou melhor, sobreponha-as, mostrando assim, que o que regula e equilibra os dons, são os frutos.
OBS: Sabemos, que os dons não se resumem aos nove. E isso deve ficar claro nesta lição.

Este é só um modelo para dar uma idéia. Use o molde da pétalas abaixo em tamanho grande; acho que fica melhor.


sábado, 26 de março de 2011

Auxílio ao Professor


Minha dica para trabalhar a lição : " A viagem de Paulo a Roma"é que o professor explore a questão da tempestade.
Faça a dinâmica da Palavra-ímã. Escreva a palavra Tempestade no quadro e peça que os alunos digam o que lhes vêm a cabeça, com relação a palavra. Depois discuta com eles sobre suas experiências. 
Quando Jesus falou sobre edificar nossas vidas sobre uma sólida fundação, Ele certamente presumiu que as chuvas cairiam e os ventos soprariam. Cada um de nós está enfrentando ou já enfrentou sua tempestade particular. Discuta com seus alunos que nossas reações na tempestade são de Desânimo, Perplexidade e Medo, porém devemos "trabalhar" nossa fundação em Cristo. Se estivermos bem alicerçados no plano de Deus, nossas reações não serão de pânico. Se esperarmos que a tempestade nos atinja para então nos voltamos para as Escrituras, não estaremos tão preparados.
Professor, você também pode utilizar o hino 578 da Harpa Cristã: "Sossegai". Você também pode utilizá-lo como fundo musical enquanto ministra a aula.
http://www.youtube.com/watch?v=2BaIoT2gH08&feature=related

Avaliação na EBD

avaliação
 Na EBD é interessante trabalharmos com o conceito de avaliação formativa: mais do que medir o desempenho na prova, o processo de avaliação deve mostrar como esses alunos atuam durante a aprendizagem, permitindo uma reorientação da ação pedagógica.  O erro é visto como uma pista importante para o professor e o aluno sobre como aprender melhor, quais são as dificuldades e o que pode mudar na prática educativa. Ao fim de cada trimestre a função somativa da avaliação vai subsidiar a continuidade do trabalho visto ter como objetivo, determinar o grau de domínio do aluno em uma área de aprendizagem, o que permite outorgar uma qualificação que, por sua vez, pode ser utilizada como um sinal de credibilidade da aprendizagem realizada.
Também tem o propósito de classificar os alunos ao final de um período de aprendizagem, de acordo com os níveis de aproveitamento. A avaliação somativa pretende ajuizar do progresso realizado pelo aluno no final de uma unidade de aprendizagem, no sentido de aferir resultados já colhidos por avaliações do tipo formativa e obter indicadores que permitem aperfeiçoar o processo de ensino. Corresponde a um balanço final, a uma visão de conjunto relativamente a um todo sobre o qual, até aí, só haviam sido feitos juízos parcelares. Por isso, aplico também uma prova como instrumento de avaliação somativa. Desde que passei a utilizar este recurso,percebi que as alunas sentiram-se mais motivadas pelas aulas e passaram a ver a EBD como uma escola que tem um objetivo.

ASSEMBLÉIA DE DEUS DO RIO DE JANEIRO
AVALIAÇÃO DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – CLASSE ISABEL
1° TRIMESTE DE 2011
LICÕES BÍBLICAS – ATOS DOS APÓSTOLOS
1)            Ao todo, quantas viagens missionárias foram realizadas por Paulo?
_____________________________________________________________
2)           Quantas pessoas testemunharam a Ascensão de Cristo?
_____________________________________________________________
3)           Que profecia enunciou João Batista concernente ao batismo com o Espírito Santo?
_____________________________________________________________
4)           Quais as funções do milagre?
_____________________________________________________________
5)           Cite 3 tipos de perseguição pelas quais a igreja passa:
a)           _____________________
b)           ______________________
c)           _______________________
6)           Quais as 3 cidadanias do apóstolo Paulo?
____________________________________________________________
7)           Marque a alternativa correta:
·                    Por que o Concílio de Jerusalém foi convocado?
(   ) Para julgar os atos de Paulo;
(   ) Para tomar uma resolução quanto os gentios observarem os costumes judaicos;
(   ) Para decidir a quem enviar para a obra missionária

8)           Cite os dois novos companheiros de Paulo após a separação de Barnabé.
a)_____________________  b)______________________________

9)  De quem Paulo era prisioneiro?
_______________________________________________________
10) Como Paulo apresenta sua apologia do evangelho, entre os judeus de Roma (28.1 7-22)?
(    ) De sua prisão domiciliar, Paulo convoca os líderes da comunidade judaica para expor-Ihes os eventos que o trouxeram sob algemas a Roma.
(    ) Como apóstolo dos gentios, aproveita ele para anunciar que JESUS era, de fato, o Messias de Israel.
(    ) Todos os ouvintes de Paulo deixam-se persuadir, alguns preferem continuar até a morar ali com ele.
(    ) Alguns deixam-se persuadir, outros preferem continuar na incredulidade.
(    ) Entre os gentios, contudo, o evangelho põe-se a expandir até mesmo na elite romana.